Há cerca de 1 ano a nova cúpula de comando do FSA (Free Syrian Army) declarou que após a queda de Al-assad, o regime de governo pretendido pelos militares será o "estado islâmico". Com isto Assad se aproveitou para atrair para o país, milícias radicais islâmicas de países aliados como o Iraque e o Irã. A formação desta milícia de jihadistas vindo destes dois países e dos quatro cantos do Oriente Médio ganhou o nome de ISIS ou ISIL. Com a certeza de estar a construir um novo "estado islâmico à serviço de Deus", guerreiros jihadistas criaram uma sistemática lista de prioridades em suas mentes e ações. Derrubar Assad é só um detalhe agora, já que no meio do caminho há uma grande população de "infiéis" (não-convertidos ao Islã).
Acostumados a dividir o mesmo espaço, Alawitas, Cristãos, Muçulmanos entre outras religiões, aprenderam a se respeitar mutuamente. Juntos engrossaram as multidões nas manifestações anti-regime e dividiram a mesma internet, nas mesmas páginas das redes sociais. Tudo de forma solidária e amistosa. Mas o radicalismo chegou com objetivo de dar continuidade ao trabalho da Al-qaeda quando liderado pelo Sheik Osama Bin Laden. Com a abertura causada pelo chamado do Jihad, as regiões populadas por minorias cristãs, como o bairro armeno em Aleppo ficou bem no caminho da sanguinária milícia ISIS, tornando-os presas fáceis numa região já castigada pelos bombardeios do regime sírio e agora pelas milícias jihadistas.
Nesta sexta recebemos a informação que nos bairros cristãos localizados nos subúrbios de Damascos a população cristã está sendo obrigada a pagar altas taxas de impostos para não serem executados. Em Aleppo a população de mais de 60.000 tem que optar pela fuga desesperada do país ou aceitar o castigo imposto pelo ISIS, que é na verdade pago com a declaração pública de conversão do cristianismo para o islamismo. Esta "transformação religiosa" tem sido imposta para garantir que os chefes de família e seus entes queridos não sejam mortos por decapitação. Para confirmar esta informação podemos citar a página "theblaze.com" entre outras fontes locais.
No mapa ao lado divulgado neste sábado pela organização ISIS, mostra o que eles chamam de "Alicate": o desenho que demarca as incursões de cerco e tomada da cidade de Aleppo, sufocando os remanescentes ou transformando tudo e todos em muçulmanos radicais. Nos lugares por onde o ISIS tem passado, a "Sharia" tem sido o regime de governo provisório imposto sobre a população nativa. Com o total apoio de Assad e seu regime, o braço sírio da rede Alqaeda parece ser cada vez mais poderoso, lembrando que desde que a revolta contra o sistema começou em Março de 2011, a população que denunciava os abusos do governo era acusada de insurgência e terrorismo. |